quinta-feira, 27 de junho de 2013


Uma paranoia
um pensamento fixo
uma despersonalização 
e estou mais perto de um abismo.
um passo a frente e dou dois atrás
não sei abrir mão de ser secreta
não sei ser dois
não sei amar
não sei me  dividir
não sei me revelar
não me entenda
não me esgote
não faça nada
me ame
me ame torta como sou
apenas
isso é amor.





Façamos amor sem falar tanto nele.
amemos sem pensar tanto
pensar tem sido a minha loucura
minha obcessão 
e minha salvação de amores infames!

É o meu olhar que se nega a olhar para outro olhar
o seu olhar nunca me olha
um dia me olhará?
e quando me olhar, me verá?
se me vir, vai me levar pra passear?
mas nunca vens.
Um pensamento fixo
um amor
uma culpa
uma vazio
uma vontade de viver
mas uma solidão tão grande.


É tão triste que as flores morram, não é?
mas aparecem outras iguais e ninguém percebe, é até bonita a morte delas
elas nem curtem velhice, mudam de cor, enrugam um pouquinho e depois caem e enfeitam o chão, um idiota vem e limpa como se fosse sujeira, e eu digo que das flores não é porque nunca vi cadáver de flor feder, nem atrair insetos, enquanto dos sábios seres humanos sim...mas estaé outra historia. Ninguém chora a morte delas porque do outro lado da rua tem gente morrendo de fome.
Casa pobre
cheiro de café.
flores murchas.
vestido florido.
agora a casa tem cheiro de velhice e de olho de soja.
olhos amarelos.
Suspira amor enquanto o peito para
e me olha,
suspira mas nem respira
morreu a pobre mulher.
Venham aos montes
se anunciem!
Que não hajam mais amores escondidos
que não  hajam mais amores não vividos
Que não exista silêncio quando a alma grita
Afinal, se sofremos tanto, porque essa escritura não faz barulho?