Tanto prendo-me e fico engessada nos meus receios que uma hora atordoo-me, embriago-me e lanço-me, e atiro a minha alma ao momento que passa e quando passa fica as eternas dívidas existenciais. A inconstância de desejos que devoram-me a carne da mente, e idealizo a cena, a escuridão mordendo meu cérebro suculento e saindo um líquido cinza, é terrível, é macabro de pensar!
Mas a minha consciência recobra e sai livre novamente para ver mais um pouco do que nunca cansa. E como é da natureza selvagem agir por instintos...ah sim é essa a parte mais gostosa, mentalizo os meus romances mais sujos, adúlteros....o prazer de acordar em uma cama lasciva e desarrumada.....procurar o amor e não o encontrando matar o desejo, sim sete vez a pauladas ou com baldes de água fervendo assim como se matam gatos por aí! Mas ele não acaba, vem cinco vezes mais forte...ah o meu orgulho de não deixar vestígios...eu adoro fazer o amor, matar o desejo mentalmente assim não deixa vestígios. Só eu sei a hora que fui e a que voltei, ninguém pode me entregar a não ser eu mesma nessa fuga de mim mesma, no medo devorador dos meus piores segredos, isso não é nada. Eu gosto de fazer o amor assim arrumadinho porque do que adianta um cão comer pratos finos ou beber vinhos caros se não o faz devagar e aprecia? Na verdade o mataria...É isso o que nos difere, gostamos da coisa já gasta, da coisa lenta, da coisa que mata devagar...o que passa muito rápido nem lembramos da sensação.
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