quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Escrevo mal. Mas não me pagam para isso e no meu ofício o texto não há correta revisão. Não quero a poesia ou a prosa sofisticada , não escrevo para explicar porque explicar confunde, escrevo porque tenho vontade e tempo, se não o fizesse qualquer outro faria e o faria pessimamente. Não quero contar nenhuma distração só quero matar  matar o tempo e o tédio dessa hora de janeiro chuvoso sobre Brasília e paro agora mesmo porque cessou o meu desejo de escrever. 











Imperdoável

      Um dia eu fui apontada por falar mal.
      E julgada por ter julgado 
      apontaram contra mim todas as flechas de palavras que eu usei um dia.
      Onde se puder ver um amigo, há a maior capacidade de ser um inimigo
      logo eu que estava tão doce, tão mês de maio, tão amorosa...
      tenho medo.
      Medo de toda a humanidade ser como os meus amigos.
      Mas todos falam mal
      todos julgam 
      quem nunca traiu? 
      Perdoamos não por sermos bons, mas porque somos iguais
      e não existe sensação pior de a de nunca se perdoar por se deixar ser um idiota. 
    weheartit♥
      Loucura, o desespero é o maior pecado. 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Torpezas

Tanto prendo-me e fico engessada nos meus receios que uma hora atordoo-me, embriago-me e lanço-me, e atiro a minha alma ao momento que passa e quando passa fica as eternas dívidas existenciais. A inconstância de desejos que devoram-me a carne da mente, e idealizo a cena, a escuridão mordendo meu cérebro suculento e saindo um líquido cinza, é terrível, é macabro de pensar!
Mas a minha consciência recobra e sai livre novamente para ver mais um pouco do que nunca cansa. E como é da natureza selvagem agir por instintos...ah sim é essa a parte mais gostosa, mentalizo os meus romances mais sujos, adúlteros....o prazer de acordar em uma cama lasciva e desarrumada.....procurar o amor e não o encontrando matar o desejo, sim sete vez a pauladas ou com baldes de água fervendo assim como se matam gatos por aí! Mas ele não acaba, vem cinco vezes mais forte...ah o meu orgulho de não deixar vestígios...eu adoro fazer o amor, matar o desejo mentalmente assim não deixa vestígios. Só eu sei a hora que fui e a que voltei, ninguém pode me entregar a não ser eu mesma nessa fuga de mim mesma, no medo devorador dos meus piores segredos, isso não é nada. Eu gosto de fazer o amor assim arrumadinho porque do que adianta um cão comer pratos finos ou beber vinhos caros se não o faz devagar e aprecia? Na verdade o mataria...É isso o que nos difere, gostamos da coisa já gasta, da coisa lenta, da coisa que mata devagar...o que passa muito rápido nem lembramos da sensação.
imagem encontrada no tumblr

Texto extraído de : Oculto por anos de Catherine lonten- 1801